quinta-feira, 13 de dezembro de 2018

SAÚDE: Vacina da dengue: Butantan receberá mais de US$ 100 milhões de empresa dos EUA



Vacina da dengue: Butantan receberá mais de US$ 100 milhões de empresa dos EUA
Foto: Camilla Carvalho / Acervo Instituto Butantan

O Instituto Butantan e a farmacêuticeutica MSD (Merk, nos EUA) anunciaram nesta quarta-feira (11) um acordo de colaboração para o desenvolvimento da vacina da dengue, que pode render mais de US$ 100 milhões (cerca de R$ 390 milhões) à instituição brasileira, além de royalties.

O plano envolve troca de informações com relação à fabricação da vacina com base no vírus da dengue atenuado TV003 obtido dos NIH (Institutos Nacionais de Saúde dos EUA). A vacina do Butantan está em fase 3 de desenvolvimento, a última antes do lançamento final do produto ao passo que a versão da empresa americana ainda está na primeira etapa de testes com humanos.

Para a MSD, as informações podem garantir um lançamento mais ágil da imunização. Pelo acordo, a empresa distribuirá o produto, caso venha a ser comercializado, em mercados da América do Norte e Europa, entre outros. No Brasil a distribuição permanecerá com o Butantan.

O Butantan receberia royaties por essas vendas e poderia se beneficiar de alguns testes a serem desenvolvidos em localidades em que circulam vírus diferentes daqueles do Brasil, onde a vacina do instituto foi testada, como em locais da Ásia onde circula o subtipo 4 do vírus, mais raro no Brasil. 

Além disso, de entrada, a MSD pagaria US$ 26 milhões (R$ 100 milhões) para o Butantan e, a depender dos marcos que a vacina da companhia atinja (chegar a fase 2 e 3 de estudos clínicos, por exemplo), mais US$ 75 milhões (R$ 290 milhões).

"É um grande dia para nós. O trabalho que o Butantan fez até aqui foi ótimo, de excelência científica. Estamos orgulhosos de fazer essa colaboração aberta e de aprender com eles", disse Mike Nally, presidente global de vacinas da MSD, que também desenvolve parcerias com o instituto para o desenvolvimento de vacinas de HPV e Hepatite A. 

Dimas Tadeu Covas, diretor-presidente do Butantan afirma que a produção da vacina no país deverá ter início no próximo ano, mas que ainda será necessário a aprovação da Anvisa. A expectativa é que a droga supere a marca dos 80% de eficácia observada nas fases iniciais de estudo. 


Conteúdo: Folhapress




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