A restrição de atendimentos e procedimentos eletivos ocorreu no Hospital Geral do Estado (HGE), Instituto de Perinatologia da Bahia (IPERBA), Maternidade Albert Sabin (MAS), Maternidade Tsylla Balbino (MTB) e no Hospital Geral Roberto Santos (HGRS). O Sindicato dos Médicos da Bahia (Sindimed) afirma que a greve não colocou em risco a vida dos pacientes.
"Os médicos tiveram o máximo de cuidado com os pacientes, evitando qualquer prejuízo à vida dos usuários do sistema. Foram restringidas apenas fichas verdes e azuis, além de procedimentos e atendimentos eletivos, sem risco à vida. Pacientes internados foram atendidos. Diante dos fatos, em atendimento à decisão do TJ-BA, o movimento está suspenso", afirma.
O sindicato que representa a categoria diz ainda que busca medidas para atender as reivindicações dos profissionais. Os médicos decidiram entrar em greve em protesto à mudança de vínculo de trabalho. Cerca de 500 médicos que atendem nas unidades de saúde vão perder seus contratos regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) após o fim da parceria entre a Secretaria de Saúde do Estado (Sesab) e Instituto Nacional de Tecnologia e Saúde (INTS).
"Como anunciado na liminar — já que o Governador afirma manter diálogo com a classe (embora nenhum contato tenha sido feito pela SESAB desde 24.07.25) — o Sindimed propõe: que os 529 médicos que estão perdendo seus vínculos CLT assinem um contrato REDA provisório ou CLT com terceirizado, até que as licitações anunciadas aconteçam de fato", completa a nota do sindicato.
Em nota, o Sindimed propõe que os médicos afetados assinem contratos em Regime Especial de Direito Administrativo (Reda) provisório ou como CLT terceirizado. Os profissionais temem o fim de direitos trabalhistas conquistados com os contratos CLT, como férias remuneradas e licença maternidade.
A Sesab afirma que a liminar concedida ao Governo do Estado confirma que o movimento configura risco inaceitável à saúde pública. "A Sesab lamenta que, mesmo diante da clareza dos fatos e do diálogo institucional promovido na reunião do último dia 24 de julho com o Ministério Público do Trabalho e a Procuradoria Geral do Estado, o Sindimed tenha optado por disseminar a insegurança e a desinformação", pontua.
Fonte: Correio24horas
Nenhum comentário:
Postar um comentário