terça-feira, 6 de agosto de 2013

Menino havia relatado sonho fugir de casa e matar os pais, afirma delegado


Garoto de 13 anos é o principal suspeito de ter matado quatro pessoas da família e se matado em São Paulo

O delegado Itagiba Vieira Franco, do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), afirmou nesta terça-feira (06) que os primeiros indícios de que o menino de 13 anos seja o autor da própria morte e de mais quatro pessoas da família - incuindo os pais -, na zona norte de São Paulo, estão se confirmando. Além das provas encontradas na cena do crime que apontam para o garoto, o depoimento de um dos seus melhores amigos revelou que o menino já havia falado sobre matar os pais, fugir de casa com o carro da família e ser matador de aluguel.


"Ele sempre me chamou para fugir de casa para ser matador de aluguel. Ele tinha plano de matar os pais enquanto eles dormissem e fugir com o carro", teria afirmado o amigo para a polícia.
Os principais indícios que apontam o jovem como autor dos assassinatos são a localização da arma do crime, que foi encontrada próxima a seu corpo, e a posição das outras vítimas, que devem ter sido mortas enquanto dormiam. O garoto também seria canhoto e a marca de tiro está do lado esquerdo de sua cabeça.
Além disso, a análise de imagens de câmeras de segurança que mostram o carro da policial Andreia Regina Bovo Pesseghini, mãe do menino, estacionando em frente à escola em que o menino estuda, indicam que ele foi dirigindo sozinho até a escola durante a madrugada . O amigo que falou sobre o plano do garoto também confirmou que quem sai do carro nas imagens gravadas na manhã de segunda-feira é o suspeito do crime.

Wanderley Preite Sobrinho/iG
Policiais em frente ao portão da casa na tarde desta terça-feira (06), em São Paulo

A perícia inicial revelou que cada vítima foi atingida por um tiro, na cabeça, com uma arma de calibre 40. Não foi encontrado nenhum outro cartucho de arma que pudesse ter sido usada no crime. 
No local ainda foi encontrada uma mochila, que seria do menino, com uma faca e uma arma calibre .32, que, segundo a Secretaria de Segurança Pública, está registrada em nome do pai de Andreia, já morto.
Luiz Marcelo Pesseghini era sargento das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota) e estava na corporação há 19 anos; sua mulher, Andreia Regina Bovo Pesseghini, era cabo da 1ª Companhia do 18º Batalhão da Polícia Militar, com base na Freguesia do Ó, também na zona norte, e era PM há 16 anos. Também foram mortas a mãe de Andreia, Benedita de Oliveira Bovo, de 65 anos, e uma irmã dela, Bernardete Oliveira Silva, de 56, que ocasionalmente dormia na mesma casa. O menino de 13 anos foi encontrado com um tiro do lado esquerdo da cabeça.
A polícia foi acionada por volta das 18h30. Cerca de 20 viaturas e 60 homens, entre soldados da PM e investigadores da Polícia Civil, estiveram no local. Além do coronel Meira, o comandante do Policiamento de Choque (que inclui a Rota), o coronel da PM César Augusto Franco Morelli, esteve na residência. A rua chegou a ser interditada e ficou cercada de vizinhos e curiosos.

Fonte:IG




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