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O Ministério da Saúde anunciou quinta-feira (27) o novo tratamento para pessoas diagnosticadas com hepatite C. A meta da pasta é zerar a fila de pacientes graves que aguardam o tratamento. O novo protocolo está vinculado à mudança na modalidade de compra de medicamentos.
A partir de agora, o pagamento à indústria farmacêutica será condicionado à comprovação da cura do paciente. O valor por tratamento deve cair de U$ 6,9 mil para U$ 3 mil, possibilitando a inclusão de até três vezes mais pessoas do que as atendidas atualmente no SUS. "Estamos trazendo uma nova ótica de compras para o SUS, seguindo a lógica de comprar mais barato e, com isso, aumentar a oferta de medicamentos para a população.
Este é um investimento muito grande do Governo Federal. Não estamos apenas tratando a hepatite C. Estamos curando a doença", explicou o ministro Ricardo Barros. Foi anunciada a inclusão dos medicamentos sofosbuvir, daclatasvir ou simeprevir, que apresentam cura de cerca de 90%. O atendimento será feito conforme a gravidade da doença. O comprometimento do fígado varia de F0 a F4.
A previsão é que a fila dos casos diagnosticados F3 e F4 acabe neste semestre. Até o primeiro semestre de 2018, os diagnosticados com F2 devem ser plenamente atendidos, enquanto os demais devem ser contemplados integralmente no período de dois anos. Em 2016, foram registrados 27.358 casos de hepatite C, o que representa 13,3 casos por 100 mil habitantes. O mesmo patamar de 2015, quando foram notificados 27.441 casos (13,4 casos por 100 mil habitantes). A doença pode ser transmitida pelo contato com sangue contaminado.
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