quinta-feira, 14 de julho de 2016

DOIS MIL JEGUES SERÃO SACRIFICADOS ATÉ OUTUBRO NA BAHIA



Animais foram capturados nas
 estradas(Foto: Arquivo CORREIO)
Cerca de 300 jegues foram abatidos no município de Miguel Calmon, no Centro-norte da Bahia, esta semana. Até outubro, dois mil animais serão sacrificados. Segundo a Secretaria Estadual de Agricultura (Seagri), a maioria dos jumentos foi capturada em rodovias estaduais e federais, na Bahia. 

A carne será usada para consumo animal e o couro será exportado para a China. Os dois mil animais vão gerar cerca de 200 toneladas de produtos, não destinado à alimentação humana. Em nota, a assessoria da Seagri informou que a ação foi realizada com base na Portaria nº 255, de junho de 2016, que define os critérios para o abate de equídeos na Bahia. 


"Neste primeiro momento foram abatidos mais de 300 animais, e toda a atividade contou com a inspeção de cinco médicos veterinários da ADAB, que garantiram o cumprimento de todas as exigências higiênico-sanitárias e de bem-estar animal", diz a nota.

Antes de serem abatidos, os animais passam por exames clínico e laboratorial. Os jumentos precisam ter, no mínimo, 100 quilos para serem sacrificados. Ainda segundo a assessoria, o frigorífico Frigocesar de Miguel Calmon é o único estabelecimento na Bahia autorizado a fazer os abates.

Em Salvador, o desfile dos animais foi proibido na festa da Lavagem do Bonfim (Foto: Arquivo CORREIO)


O diretor-geral da Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab), Marco Vargas, informou que a legislação proíbe o abate de equídeos para o consumo humano. "Como forma de aproveitamento, a carne será doada ao zoológico de Salvador, que vai alimentar grandes animais e o resíduo restante vai ser transformado em ração animal, em uma graxaria (fábrica de produtos não comestíveis)”, disse, em nota. 

Parte dos animais foi adquirida também em parceria com a Seinfra, DNIT e Polícia Rodoviária Federal e Estadual, e criadores da região. Segundo a Seagri, a apreensão dos animais evita acidentes em rodovias e a disseminação de doenças infecciosas e zoonoses.


A assessoria do Ministério Público Estadual (PRE) informou que a promotoria de Miguel Calmon recebeu a informação sobre o procedimento nesta quarta-feira (13) e que vai apurar o caso. O promotor responsável não foi localizado.



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