terça-feira, 22 de dezembro de 2015

O verão 'mais quente dos últimos anos' começou: não morra de calor


Segundo meteorologistas, termômetros podem registrar um calor até 4º acima da média neste verão

BBC




Morrer de calor é uma das expressões mais usadas no Brasil, sobretudo no verão. Num país tropical em que as temperaturas passam com frequência dos 30ºC - e, na estação mais quente, chegam aos 40ºC - não é de se espantar que muita gente esteja sempre "morrendo de calor".

Mas será que é possível mesmo morrer de calor?

É possível morrer de calor?
Pixabay/Creative Commons
É possível morrer de calor?

















O professor da Faculdade de Medicina da USP Paulo Saldiva explica que, embora seja raro, isso pode acontecer sim.

"Estudos mostram que durante as ondas de calor há um aumento da mortalidade, sobretudo de idosos e bebês, que têm menos capacidade de adaptação e, muitas vezes, dependem dos cuidados alheios para se proteger", explica o especialista.

Quando está quente, suamos como uma forma de regular a temperatura do corpo: o suor é uma das reações ordenadas pelo cérebro par fazer declinar a temperatura da pele e, consequentemente, do sangue circulando nos vasos sanguíneos superficiais.

O sangue refrescado corre pelo corpo, baixando a temperatura do organismo.

Entretanto, quando está quente demais, a tendência é que haja cada vez mais vasos de regulação térmica abertos no nosso corpo, para que suemos mais. O primeiro problema óbvio desse suor excessivo é a desidratação.Mesmo num verão quente, as noites sempre tendem a ser mais frescas que os dias, regulando naturalmente a temperatura corporal.

O grande problema, como explica o climatologista Carlos Nobre, atualmente à frente da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), são as ondas de calor extremas e prolongadas, quando essa variação de temperatura ao longo do dia é tão mínima que não dá conta de regular a temperatura do corpo, provocando o superaquecimento.

Alguns idosos - por conta de outras condições comuns à idade avançada, que danificam mecanismos de controle do corpo – podem perder uma quantidade significativa de água sem sentir sede. Quando perdemos muita água e não repomos líquido, junto com a desidratação podem surgir também outros problemas.

Com muitos vasos da pele dilatados ao mesmo tempo, por exemplo, a pressão sanguínea cai – o que pode levar a vertigem e tonturas, por exemplo. Com a pressão mais baixa, a tendência é que o coração comece a bater mais rápido numa tentativa de elevar a pressão e equilibrar o organismo.

O coração sobrecarregado e a menor quantidade de líquidos circulando deixa o sangue mais denso, o que aumenta também a chance de ocorrer algum tipo de obstrução – ou trombo. E também de uma parada cardíaca.

Em situações normais, a própria variação natural da temperatura ao longo do dia se encarrega de regular esse processo, evitando o superaquecimento do corpo.



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