terça-feira, 6 de outubro de 2015

Promotoria da Espanha pede 18 meses de prisão para pai de Messi por fraude








  
EFE/Leo La Valle
Jorge Messi, pai do craque da seleção argentina e do Barça





A Promotoria da Espanha pediu nesta terça-feira 18 meses de prisão para o pai do atacante Lionel Messi, do Barcelona, acusado de uma fraude fiscal de 4,1 milhões de euros (cerca de R$ 18 milhões), e também solicitou o arquivamento das denúncias contra o craque argentino.

No documento apresentado ao Tribunal de Instrução de Gavà, o Ministério Público inocenta o jogador no caso, ao entender que ele não teve conhecimento da fraude cometida pelo pai, uma opinião contrária à da Audiência de Barcelona, que o mantém como acusado.
 
A Promotoria inicialmente acusou atacante argentino e seu pai e representante, Jorge Horacio Messi, por fraude. Mas meses mais tarde pediu o arquivamento das denúncias contra o atleta, depois de ambos pagarem 5 milhões de euros - o valor desviado acrescido de juros.

O pai assumiu em depoimento toda a responsabilidade na gestão tributária dos rendimentos do filho, mas decidiu-se que o jogador seria mantido como acusado no processo, uma medida respaldada posteriormente pela Audiência de Barcelona.

Apesar da decisão da audiência de enviar pai e filho a julgamento, a Promotoria sustenta no documento que a participação de Messi foi "puramente formal". O astro argentino se limitava a seguir as indicações do pai, em quem confiava "plena e cegamente". Por isso, na avaliação dos promotores, ele deve ser inocentado de fraude fiscal.
 
Já Jorge Horacio foi acusado de três crimes contra a Fazenda Pública da Espanha, delitos pelos quais os promotores pediram que uma condenação a 18 meses de prisão e o pagamento de mais 2 milhões de euros (R$ 8,8 milhões) de multa. O pai de Messi também ficaria proibido de obter benefícios ou incentivos fiscais ou da Previdência Social durante um ano.


Para o Ministério Público, o pai do jogador teve um papel "decisório e decisivo" na criação de uma estrutura societária em paraísos fiscais, utilizada para evitar que Messi pagasse impostos sobre seus direitos de imagem entre 2007 e 2009.

A Promotoria afirma que Jorge Horacio iniciou o "mecanismo fraudulento" quando o jogador ainda era menor de idade. Após 2005, quando Messi completou 18 anos, o pai "seguiu tomando todas as decisões relativas à exploração econômica" dos direitos de imagem do atacante do Barcelona.




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