quarta-feira, 30 de setembro de 2015

SALVADOR: Servidora que desviou R$ 5 mi da prefeitura usou parentes e empregada como laranjas



A servidora da Prefeitura de Salvador Gilvana Cintra Matos, 29 anos, foi presa na manhã desta terça-feira (29), acusada de desviar R$ 5 milhões da folha de pagamento de ex-prestadores de serviço da Secretaria Municipal de Saúde (SMS). Segundo informações da coordenadora do Grupo de Atuação Especializada de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco), promotora Lívia Vaz, Gilvania chegou a usar o companheiro, uma diarista, irmãos, pais e outros familiares como laranjas do esquema fraudulento, que teve início em fevereiro de 2010. 


De acordo com a promotora, Gilvana, o companheiro, a diarista e outras três pessoas – que não tiveram os nomes divulgados – responderão pelos crimes de peculato, cuja pena é de 12 anos de prisão, lavagem de dinheiro, com pena de 10 anos, e organização criminosa, 8 anos. Ainda segundo ela, a diarista – que tem 60 anos e é analfabeta – seria a principal laranja. “Ela abriu a conta com Gilvana e repassou todos os cartões para ela movimentar. A transação na conta da diarista chegou a R$ 2 mi”, explicou Lívia. Todos foram presos na manhã de hoje durante a ‘Operação Hígia’, deflagrada pelo MP-BA, e levados para o Centro de Observações Penais (COP), no Complexo Penitenciário da Mata Escura.

Servidora é acusada de comandar esquema de fraude (Foto: Reprodução/Facebook)



Além das prisões, outras quatro pessoas foram conduzidas coercitivamente ao Ministério Público, onde prestaram depoimento e foram liberadas. Elas também são investigadas por participação na fraude, que foi desvendada pelo titular da pasta da saúde, secretário José Alves Rodrigues. 


Segundo Rodrigues, os desvios foram descobertos após verificação de inconsistência na folha de pagamento de ex-prestadores de serviço da SMS. “No mês de abril, verificamos uma inconsistência na folha de pagamento quanto a valores. No mesmo mês foi solicitado o fechamento da folha com antecipação e aí identificamos uma pessoa que era estranha ao mês de março. A partir dessa evidência, passamos a fazer um processo de investigação que durou 3 dias, e identificamos que esses fatos eram repetidos mês a mês, com alguns meses não ocorrendo. De imediato comunicamos ao Ministério Público e iniciamos uma operação conjunta”, explicou o secretário.

(Correio24horas)



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