Policiais civis e militares também são acusados de envolvimento no esquema(Foto: Almiro Lopes/Arquivo Correio)
A quadrilha é investigada há pelo menos três anos. A Promotoria aponta que parte da carga de aproximadamente 200 caminhões-tanque era desviada diariamente de Amélia Rodrigues para pontos chamados de "bodes". Nesse local, o produto era retirado e comercializado em pontos revendedores de combustíveis. Segundo o MP, os "bodeiros" rompiam lacres de caminhões, subtraíam a carga e, em seguida, adicionavam solventes para a comercialização do produto adulterado na região de Feira de Santana.
A apuração indica que o esquema incluía emissão de notas fiscais falsas com o objetivo de legalizar o produto adulterado. Por interceptações telefônicas, foi constatado a participação de policiais civis e militares da quadrilha, que recebiam propina em troca de proteção ao esquema.
Participam da operação oito promotores de Justiça do MP, mais de 150 policiais, 44 viaturas e um helicóptero da Polícia Rodoviária Federal (PRF), um caminhão-guincho e um caminhão-tanque.
A operação é conjunta e realizada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate à Sonegação Fiscal e aos Crimes contra a Ordem Tributária (Gaesf), Grupo de Atuação de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), Promotoria Regional Especializada no Combate à Sonegação Fiscal de Feira de Santana e a Promotoria de Justiça de Amélia Rodrigues, com o apoio do Núcleo de Inteligência Criminal (NIC), do Ministério Público estadual; pela Polícia Rodoviária Federal (PRF); Superintendência de Inteligência (SI), da Secretaria de Segurança Pública do Estado da Bahia (SSP); Agência Nacional do Petróleo (ANP) e pela Inspetoria Fazendária de Investigação e Pesquisa (Infip), da Secretaria da Fazenda do Estado da Bahia (Sefaz).
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