Saúde: Confira sete mitos e verdades sobre hemorroidas

O cirurgião geral Silvio Gabor esclarece as principais dúvidas em relação ao surgimento e ao tratamento da hemorróida. Confira a seguir as explicações do médico:

 

1) Ficar sentado muito tempo no vaso sanitário favorece o aparecimento de hemorroidas. Mito. Segundo o médico, não é o ato de ficar sentado que causa o problema, mas o hábito que as pessoas constipadas têm de permanecer muito tempo no banheiro devido ao esforço para evacuar. “Se a pessoa apresenta um bom funcionamento intestinal, nada acontecerá se passar horas nesta posição. O problema é imprimir força excessiva”, alerta.

 

2) Hemorróida causa câncer. Mito. “Alguns sintomas da doença são parecidos com os apresentados quando se tem câncer do reto e ânus, como sangramento. Por isso, é importante ir atrás do diagnóstico correto, especialmente quem tem mais de 50 anos”, diz o cirurgião.

 

3) Alimentos picantes aumentam o risco das hemorróidas aparecerem. Mito. A ingestão de condimentos não causa a doença. Porém, pessoas que já desenvolveram a doença não devem consumir esses alimentos por irritar tecidos inflamados, o que piora os sintomas. 

 

4) Prisão de ventre causa hemorróida. Verdade. O problema faz com que as hemorroidas internas se exteriorizem. “Por isso, a mudança de hábitos à mesa é fundamental tanto para a prevenção, quanto para o sucesso do tratamento das hemorroidas”, informa o médico.

 

5) Andar de cavalo ou de bicicleta contribui com o aparecimento das hemorroidas. Em parte. Isso só acontece se o indivíduo passar boa parte do seu dia em cima da cela ou do selim. Para quem já tem o problema, recomenda-se evitar esses meios de transporte. 

 

6) A gestação favorece o surgimento de hemorróidas. Verdade. A maioria das grávidas tem hemorroidas, mas os sintomas geralmente são discretos e não necessitam de tratamento medicamentoso, apenas orientações de dieta. 

 

7) Hemorroidas sempre causam dor na região anal. Mito. A dor não é um sintoma obrigatório. Sua ocorrência depende do tipo e é mais comum nas externas do que nas internas. 

BN/Saúde